segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Entre a espada e a rosa - Tudo tem seu tempo



A espada é arma. Ataca, defende. Fere, mata. 
A rosa é arma. Perfuma, enfeita. Presenteia, embeleza. 
A espada encoraja. Ter uma espada embainhada significa a possibilidade de se defender rápida e objetivamente. A defesa pode ser contra algo ou contra alguém. A espada na cintura é poder apenas por isso: o poder de ter uma arma. 
Mas de nada vale uma espada se ela não for bem usada. Empoderado não é quem tem a espada; antes, é quem sabe bem manejá-la. As lutas necessitam de sujeitos e não apenas de pessoas. 
A rosa encanta: na promessa do botão que um dia se abrirá; nas pétalas abertas que deslumbra o olhar. A força da cor é tão intensa que só se vê a flor. E os espinhos aparentes, mas não enxergados, se escondem atrás do que a rosa significa. O encantamento está aí - a beleza que se sobrepõe a dor. 
Entre a espada e a rosa, sempre é preciso decidir. 
Às vezes é preciso escolher a espada. Tempos de luta - concreta, física, objetiva. 
Às vezes é necessário escolher a rosa. Tempos de luta - amorosa, sensível, subjetiva. 
Mas a espada e a rosa estarão sempre lá. E, antes que optar por uma ou por outra, há que se deixar sentir, para além das normas preestabelecidas quando endurecer e quando se sensibilizar. Porque a vida exige SER em todas as situações em que se deva estar.

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